O novo desafio da segurança contra incêndio no Brasil

Por Diego Dall’Agnol

Os carros elétricos (EV) e híbridos (HEV) estão se tornando cada vez mais comuns. A acessibilidade melhorou, a velocidade de carregamento e a diversificação de modelos aumentaram, e a tecnologia, somada ao baixo custo de manutenção, são apelos muito fortes no mercado.

Com o Brasil na mira dos maiores fabricantes do mundo — inclusive com planos de abertura de parques fabris no país — cresce também a preocupação com as baterias, o grande calcanhar de Aquiles desses veículos.


O Risco das Baterias

 

A bateria de um veículo elétrico ou híbrido é formada principalmente por células de íons de lítio (ou, em modelos mais antigos, níquel-hidreto metálico – NiMH). A composição química varia conforme a tecnologia da célula (NMC, LFP, NCA, etc.).

O comportamento do fogo em veículos a combustão e em veículos elétricos ou híbridos é marcante e distinto:

Enquanto a gasolina gera incêndios explosivos e de curta duração, as baterias tendem a produzir eventos mais longos, complexos e resistentes ao combate, exigindo técnicas e recursos de resposta diferentes.

“As baterias de íons de lítio não apenas queimam:

elas reagem em cadeia, produzindo fogo autossustentável.”


Riscos em Ambientes Confinados e Lacunas Normativas

Quando um veículo elétrico ou híbrido está em edifícios ou estacionamentos fechados, o risco de propagação do fogo e da radiação térmica aumenta consideravelmente.

As normas brasileiras e internacionais, até o momento da redação deste artigo, não estão totalmente adaptadas para combater e minimizar os danos causados por um incêndio envolvendo células de íons de lítio. Apesar dos avanços regulatórios, ainda existem lacunas importantes, especialmente em estações de carregamento e estacionamentos.

A maior parte das normas atuais foca na prevenção elétrica — como requisitos para conectores e testes de sobrecarga — mas pouco detalha estratégias de combate direto em caso de incêndio. Faltam definições claras sobre:

Também carecemos de diretrizes padronizadas sobre distanciamento mínimo entre estações de recarga, densidade máxima de pontos em garagens, ventilação, exaustão mecânica e sinalização específica.


A Fuga Térmica: Uma Reação em Cadeia

Durante a fuga térmica, a bateria entra em um ciclo de reações exotérmicas descontroladas:

Entre os subprodutos estão aerossóis metálicos e partículas ultrafinas (lítio, cobalto, níquel, manganês), além de gases tóxicos como fluoreto de hidrogênio (HF) e monóxido de carbono (CO). Essas partículas podem permanecer suspensas no ar, representando um risco químico e respiratório significativo.


Contenção e Combate: A Estratégia da Água

O primeiro passo é o isolamento da área. Quanto mais restrito o isolamento, melhor será o controle da fuga térmica e do combate.

Incêndios em veículos elétricos ou híbridos apresentam desafios distintos dos automóveis convencionais. Enquanto agentes como espuma e pó químico seco são eficazes contra a gasolina, nas baterias de íons de lítio esses produtos têm baixa efetividade, pois não interrompem a reação química interna. Esse fenômeno gera seu próprio oxigênio a partir da decomposição dos materiais da célula, tornando o fogo autossustentável e de difícil extinção.

Por isso, a estratégia mais recomendada atualmente é o uso intensivo de água, em grande volume e por longos períodos. O objetivo é resfriar as células e evitar a propagação do calor para módulos adjacentes. Em alguns casos, adota-se inclusive a imersão do veículo em contêineres com água para garantir a contenção.

Ainda assim, trata-se de um incêndio que pode se prolongar e até se reiniciar horas ou dias depois, exigindo protocolos específicos e monitoramento contínuo após o combate inicial.

“A Compartimentação EV surge como a primeira solução prática para conter esse risco nos estacionamentos brasileiros.”


Uma Solução para um Desafio Crítico: A Compartimentação EV

Diante desse cenário, a Global América desenvolveu uma solução de compartimentação inovadora: a Compartimentação EV.

O sistema consiste em uma cortina corta-fogo têxtil automática, que reconhece fumaça ou poder calorífico através de dois equipamentos distintos. Ao detectar o risco, a cortina aciona o fechamento vertical e isola o veículo, garantindo a contenção imediata até que o combate possa ser realizado com segurança.

Resistente a temperaturas extremas por até 240 minutos, o sistema é ideal para dar tempo à brigada de incêndio ou ao corpo de bombeiros se organizar, podendo atuar em conjunto com sprinklers locais e sistemas de exaustão adequados. Essa integração permite mitigar o fogo com danos mínimos às estruturas adjacentes ou a veículos próximos.

Essa tecnologia limita a propagação de fumaça e calor em estacionamentos e edifícios, integrando-se às práticas de compartimentação passiva previstas em normas como a EN 12101.


Conclusão

A mobilidade elétrica é irreversível e necessária, mas traz novos riscos. A contenção de incêndios em veículos elétricos exige protocolos próprios, atualizações normativas e, sobretudo, soluções práticas que possam ser aplicadas em ambientes reais.

A Compartimentação EV, desenvolvida pela Global América, se apresenta como uma barreira de proteção eficaz, capaz de reduzir danos, salvar vidas e proteger patrimônios e o meio ambiente em cenários de alto risco envolvendo veículos elétricos.

Trata-se de um passo decisivo no enfrentamento do desafio de combate a incêndios em carros elétricos.


🎥 Veja a solução em funcionamento

Assista ao vídeo da Compartimentação EV em ação e entenda como essa tecnologia protege estacionamentos e veículos.

👉 Clique aqui para assistir no YouTube

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